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Igreja de S.Vicente Rua Combatentes da Grande Guerra 8 |
A Igreja de São Vicente, de matriz originalmente românica, foi erigida muito provavelmente, no início do século XIII, pois de acordo com as inquirições de D. Afonso III, realizadas em 1258, São Vicente era já mencionada, como uma das sedes paroquiais do burgo brigantino.
Mais tarde, com a extinção da paróquia por falta de moradores, o templo entrou em decadência e a 6 de setembro de 1561, o bispo de Miranda, D. António Pinheiro, em visitação à cidade, manda demolir o corpo da igreja por este ameaçar ruir, ordenando que se conservasse apenas a capela-mor. É nesta altura, que o templo é doado pelo mesmo prelado, à Confraria da Santa Cruz, ficando esta encarregue da reconstrução do templo, com as obras a terem o seu início mais provável a partir de 12 de março de 1571, data em que a confraria recebe, através de bula do Cardeal Infante D. Henrique, a confirmação da doação.
Em 1683, a derrocada de uma das torres da muralha manuelina sobre o corpo da igreja, obriga a nova campanha de obras, que deram ao templo uma feição barroca.
É precisamente durante as últimas obras de reconstrução, efetuadas após o incidente da torre, que António Colmeiro de Morais, Cavaleiro do Hábito de Cristo e Fidalgo da Casa Real, e a sua esposa, D. Angélica Maria de Sousa Teles, mandam erigir na igreja, uma capela para albergar a imagem do Santo Cristo, de que eram grandes devotos. Essa capela é a que hoje vemos do lado do Evangelho, mesmo em frente da entrada principal do templo. Por ser alvo de grande devoção popular, a imagem acabou por ser transferida para o altar-mor, onde hoje se encontra, relegando São Vicente para segundo plano, passando a igreja a ser também designada como igreja do Santo Cristo.
A maior parte da decoração do interior do templo é dos finais do século XVII ou princípios do século XVIII. O grande destaque vai para a exuberância da capela-mor trilobada, com arco triunfal de volta perfeita e abóbada estelar policromada, toda ela ricamente revestida a talha dourada barroca, com motivos vegetalistas. No altar-mor encontra-se a imagem de Santo Cristo, ladeado do lado da Epístola, pelo retábulo com uma pintura a óleo, representando São Francisco Xavier, e do lado do Evangelho, pelo retábulo com uma pintura a óleo, representado Santo António. O arco triunfal da capela-mor é flanqueado por dois retábulos colaterais onde se encontram as imagens de Nossa Senhora, do lado do Evangelho e, de São Vicente, do lado da Epístola.
A capela profunda do lado do Evangelho, já mencionada, possui uma entrada em arco de volta perfeita e o teto em abobada de cruzaria com a forma de uma estrela de cinco pontas. O retábulo, de estilo rocaille, é hoje ocupado pela imagem do Sagrado Coração de Jesus, ladeado pela imagem da Imaculada Conceição (à direita) e pela imagem da Nossa Senhora do Carmo (à esquerda).
Ainda do lado do Evangelho, temos o púlpito com dossel, estrado em cantaria e grade balaustrada, datado dos finais do século XVII, e cujo acesso se faz pela sacristia. Ao fundo da igreja existe o coro alto, com estrado e balaustrada em madeira, e cujo acesso se faz por escadas em cantaria, adossadas à parede do lado do Evangelho, sob este encontra-se a pia batismal. No teto da Nave, feito em abobada de berço, sobressai em baixo relevo, a representação da Ressureição de Cristo, ladeada nos vértices da abobada, pelos Quatro Evangelistas.
No exterior do templo, destaca-se a abside da capela-mor, com sete contrafortes e duas frestas de arco de volta inteira, construídas em ladrilho ao estilo mudéjar, semelhantes às do Convento de São Francisco. A entrada, no alçado sul do templo, efetua-se através de um portal maneirista, flanqueado por duas pilastras de capitéis coríntios assentes sobre dois pedestais almofadados. Este é encimado por um frontão triangular assente sobre a arquitrave também almofadada, possui dois pináculos piramidais nos extremos e, no vértice superior, uma cruz latina em cantaria, embutida na parede. Do lado esquerdo, encontra-se um fontanário em cantaria, com as armas reais esculpidas na parte superior, que foi construído com dinheiros públicos em 1746. Ao lado deste, encontra-se uma pequena capela que tem no seu interior, um painel de azulejos representando Nosso Senhor dos Passos. O templo possui ainda, uma singela torre sineira, substituta de uma anterior, que também ruiu no incidente de 1683.
Segundo a tradição popular a mais bela história de amor de Portugal teve lugar em Bragança, nesta Igreja. Depois da morte da sua mulher, D. Constança, D. Pedro I passou a viver com D. Inês de Castro, e diz o povo que o monarca oficializou a união com a aia da defunta mulher, num casamento secreto, na Igreja de São Vicente, sendo o enlace celebrado pelo deão da Sé da Guarda, D. Gil. A história acabou em lenda, não se sabendo ao certo se o casamento existiu de facto. A fúria do seu pai, D. Afonso IV, foi tanta, que mandou matar D. Inês. Mesmo assim, D. Pedro após ser coroado Rei de Portugal, fez da sua amada rainha, a única rainha póstuma de Portugal.
A esta conjetura, alude um painel de azulejos que se encontra na fachada norte do templo, colocado em 2013, por iniciativa da Câmara Municipal de Bragança, da autoria de Alberto Péssimo.
Foi também dos degraus da sua entrada que, a 11 de junho de 1808, o general Sepúlveda proferiu um discurso emotivo perante o povo bragançano, apelando à insurreição contra os agressores franceses, durante as invasões napoleónicas. O acontecimento é celebrado pelo painel de azulejos, que se encontra na fachada sul do edifício, executado por iniciativa do Dr. Raul Teixeira e inaugurado a 11 de junho de 1929, data da comemoração dos 121 anos da efeméride.
Entrada Gratuita
Aberta todos os dias das 9h00 às 17h00
Celebrações religiosas: Domingos às 11h30
Rua Combatentes da Grande Guerra 8
5300-252 Bragança
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