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- Património com História
Bragança conserva um património ímpar num centro histórico compacto e bem conservado, que facilmente se percorre a pé. As pedras gastas são testemunhas de uma História atribulada, que remonta à Idade do Bronze, conta com a presença de romanos, suevos e visigodos, prosseguindo combates que ajudaram a estabelecer as linhas de fronteira e a importância estratégica do burgo.
A Torre de Menagem, quatrocentista, destaca-se num dos mais harmoniosos e bem preservados castelos do país, que abriga um conjunto monumental digno de nota pela sua originalidade. É o caso da enigmática Domus Municipalis, edifício que remonta ao sec. XIII e se acredita ter acumulado as funções de cisterna com a de local de reunião dos “homens bons” do concelho. A seu lado, ergue-se a elegante Igreja de Santa Maria, cuja frontaria barroca, de tipo retabular, traduz no granito a talha dourada dos altares. Formando uma união singular entre épocas bem distintas, o pelourinho medieval está incrustado num berrão, estátua zoomórfica com origem em povos castrejos da proto-história.
Para lá das muralhas, as ruas empedradas guiam o viajante por um rosário de templos, em que se destacam o Convento de S. Francisco, as igrejas de S. Vicente e da Misericórdia, e a Sé, com um claustro renascentista e sacristia merecedores de visita atenta. O mesmo percurso está recheado de magníficos solares, edificados entre os séculos XVI e XVII, que hoje albergam instituições públicas.
Mas os tesouros monumentais não se limitam ao coração da cidade. Nas redondezas encontram-se joias como o Mosteiro de Castro de Avelãs, cuja cabeceira de planta circular revestida a tijolo é exemplar único em Portugal do estilo românico-mudéjar, ou a majestosa Basílica de Santo Cristo do Outeiro, único exemplar no país situado numa aldeia, com um esplêndido interior em talha barroca e assinalável pintura sacra.
Igualmente importante é o património cultural preservado nas aldeias do concelho, onde perduram tradições ancestrais, numa ruralidade tranquila feita de hábitos comunitários. É assim em Rio de Onor, aldeia fronteiriça e com fortes raízes comunitárias, Montesinho, aldeia aprazível de casas de pedra e telhados de xisto e, como é tradicional em Trás-os-Montes, onde há sempre a porta aberta de um sorriso para o receber.
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