Cidadela

Herdeira de uma história com quase mil anos, as muralhas, no seu inconfundível formato de coração, envolvem a cidadela, o seu típico casario e um dos Castelos mais bem preservados do país, com a sua elegante Torre de Menagem e as histórias de princesas e de encantar, a Domus Municipalis e o Pelourinho.

A cidadela de Bragança, um recinto fortificado com uma extensão de 3,2 hectares (e que já teve cerca mais vasta), situa-se no cume do Outeiro de Benquerença e é o núcleo urbano mais antigo da cidade.

Com vestígios que remontam ao período da Pré-História, Bragança existe historicamente como povoação desde o século XII, tendo-lhe sido concedido Foral em 1187 por D.Sancho I. Em 1464, e a pedido de D. Fernando (2º. Duque de Bragança), recebe de D. Afonso V, o foro de cidade.

A entrada principal para a Cidadela de Bragança, no lado poente da cerca amuralhada, fazia-se pela dupla “Porta da Vila”. Existem ainda a “Porta de Santo António”, a “Porta do Sol” e a “Porta da Traição”.

Na vertente Sul do recinto muralhado, encontra-se o postigo do Poço do Rei. Trata-se de uma estrutura retangular irregular, que se pensa ter sido mandada erigir durante o reinado de D. Afonso V (1438 – 1481) para proteger uma cisterna. Foi reconstruído nos anos 40 do século passado.

A atual malha urbana da vila, com uma rua principal (a que une as portas do Sol e da Vila), algumas apertadas ruas transversais e alguns largos (mais ou menos espaçosos), resultou das transformações operadas no período que se seguiu à Restauração da Independência.